sábado, 16 de novembro de 2024

ESPIRITUALIDADE INSPIRA E ORIENTA O MOVIMENTO DAS COMUNIDADES POPULARES. Por frei Gilvander

 ESPIRITUALIDADE INSPIRA E ORIENTA O MOVIMENTO DAS COMUNIDADES POPULARES. Por frei Gilvander Moreira[1]

3º Encontro de Formação do Movimento das Comunidades Populares (MCP), no Instituto Padre João Geisen, na cidade de São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife, PE. Foto: José
Alves, do MCP.

De 8 a 11 de novembro de 2024 tive a alegria e a responsabilidade de participar e assessorar o 3º Encontro de Formação do Movimento das Comunidades Populares (MCP), no Instituto Padre João Geisen, na cidade de São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife, PE. O tema: Espiritualidade Libertadora. Com a participação de dezenas de lideranças do MCP de oito estados, o Encontro foi muito bom e inspirador.

Com 55 anos de história e lutas permanentes em onze estados[2], o MCP segue construindo comunidades autônomas com vida comunitária e uma série de projetos que primam por ações coletivas em busca dos direitos dos pobres e do bem comum, atuando sempre a partir dos últimos da sociedade, os mais injustiçados. Além de acompanhar luta de posseiros pela terra, de sem-terra por moradia, de quilombolas por território, na linha da Economia Solidária – Economia de Francisco e Clara -, o MCP organizou e coordena Bancos Comunitários chamados de GIC (Grupo de Investimento Coletivo), onde os mais empobrecidos se associam com investimentos mínimos, com juros abaixo do mercado idolatrado e viabilizam empréstimos com juros mínimos que torna possível às pessoas que sobrevivem com pouquíssimo dinheiro comprar o que necessitam e se desenvolverem na vida sem se tornarem escravas da agiotagem das transnacionais de cartão de crédito e dos empréstimos de bancos capitalistas com juros abusivos e extorsivos.

O MCP organiza consórcio de 10, 20 ou 30 pessoas, mais ou menos, para se constituir um fundo que a cada mês, por sorteio, um dos membros pode acessar o dinheiro necessário para comprar algo que se fosse na engrenagem legal do capitalismo, a pessoa teria que se endividar muito. Fazem também consórcio para compras coletivas da semana para o sustento. Ao comprar coletivamente para 10, 20 ou 30 famílias se consegue desconto de até 20% e as despesas de transporte ficam muito menores e o tempo das pessoas fica mais livre também, porque todos/as não precisam ir às compras semanalmente. Organizam e sustentam Mercados ColetivosCasas de Material de Construção Coletivas, Grupo de Trabalho Coletivo na Construção Civil, Grupo de Costureiras, Refeição Coletiva uma vez por mês para fortalecer a amizade, a convivência, celebração de aniversários, avaliar as ações coletivas e agradecer a Deus pelas conquistas. Criaram escolinhas comunitárias que são mantidas pelas famílias sem ajuda de prefeitura e nem de empresas. Tudo isso para as pessoas experimentarem que é possível e mil vezes melhor viver fora de relações escravocratas que o sistema capitalista impõe a todos/as, superexplorando até chupar a última gota de sangue no altar do ídolo mercado/capital. Ter patrão é aceitar ser escravizado.  O MCP Busca de forma coletiva construir vida comunitária com autonomia, buscando romper com as dependências que o sistema do capital impõe.

Morando nas comunidades das periferias das cidades ou no campo, os irmãos e irmãs do Movimento das Comunidades Populares (MCP) há 55 anos se dedicam a construir Comunidades Populares com 10 Colunas. Ei-las:

1ª coluna: SOBREVIVÊNCIA COLETIVA (economia), que integra: Grupo de Investimentos Coletivo (GIC), Grupos de Produção Coletiva (GPC), Grupos de Compras e Vendas Coletivas (GVC ), Grupo de Trabalho Coletivo para prestação de serviço (GTC), com o lema: "Onde há cooperação, não existe exploração!".

2ª coluna: RELIGIÃO LIBERTADORA. Refeições Coletivas, Semana Santa e Natal. Se Deus é Pai, nós somos irmãos e irmãs. Por isso, devemos viver em Comunidade. Lema: "Quem ama de verdade vive no coletivo e não passa necessidade!"

3ª coluna: FAMÍLIA COMUNITÁRIA, que inclui realizar Chá de Bebê, creche, escola infantil. Clubinhos ou Grupo de Crianças e Adolescentes. Dia das Mães, dia dos Pais, Dia dos/as Avós e Dia dos Idosos. Lema: "No campo ou na cidade, família de verdade é na Comunidade!" A partir do processo de realização do 1° Congresso do MCP, descobrimos que a primeira e melhor escola de formação é a barriga da mãe, o colo do pai e os braços da Comunidade.

4ª coluna: SAÚDE, com o lema: "Para o corpo remédio caseiro, para a alma amor verdadeiro.” Tarefas: organizar grupo de saúde popular na comunidade; produzir as plantas medicinais e fazer remédio caseiro; criar caixinha e fundo comunitário de saúde; organizar espaço para acolher as pessoas doentes; tratar as doenças emocionais e não só as físicas; lutar para melhorar a saúde pública dentro e fora da Comunidade.

5ª coluna: MORADIA e URBANIZAÇÃO. Lema: "Moradia e urbanização, só com luta e mutirão!" Lutar por terrenos, casa e saneamento. Ocupação, Reivindicação ou Mutirão.

6ª coluna: ESCOLA. Lema: “Construir escolas comunitárias e lutar para melhorar a escola pública.”

7ª coluna: ESPORTE. Organizar o esporte comunitário, principalmente o futebol. Lema: "Mais importante do que vencer é participar"!

8ª coluna: ARTE. Dança, canto, poesia, teatro, grupos musicais, capoeira... Lema: "Arte popular, para juventude se unir e o povo participar.”

9ª coluna: LAZER. Festas, passeios... Lema: "Lazer com bebida, não; nós queremos união."

10ª coluna: INFRAESTRUTURA. Espaço comunitário para pôr em prática as dez colunas. Lema: "Limpa, bonita e organizada, assim deve ser nossa morada!"

Dedicamos o 1º dia do Encontro para resgatarmos a história, a práxis e a espiritualidade do Movimento “Encontro de Irmãos”, “batizado” por Dom Hélder Câmara na Festa de Pentecostes do ano de 1969, anos de chumbo da ditadura militar-civil-empresarial com brutal repressão às lideranças populares que defendiam os direitos humanos fundamentais e, por isso, contestavam a ditadura que violava de forma atroz a dignidade humana impondo o arbítrio e o autoritarismo político-militar que impôs a miséria, a fome, o analfabetismo e o endividamento dos povos no Brasil, concedendo isenção de impostos para empresários que invadissem a Amazônia, expulsassem os posseiros e expropriassem a terra que eles usavam em harmonia com a floresta.

O Movimento popular-religioso “Encontro de Irmãos”, com o lema “pobre evangelizando pobre”, tinha o objetivo de, a partir da espiritualidade libertadora, superar a fome, a miséria, o analfabetismo e todas as injustiças que se abatiam sobre o povo. Com a bênção e o incentivo de Dom Hélder Câmara, o Encontro de Irmãos se disseminou pela Arquidiocese de Recife em Grupos de Irmãos que faziam semanalmente Círculos Bíblicos, de casa em casa, nas comunidades das periferias e nos campos, envolvendo quem precisava, com acolhida, abraço solidário. Em círculos de poucas pessoas buscava-se ouvir a Palavra de Deus, os apelos divinos, a partir da realidade e da Bíblia.

Ficou evidenciado neste 3º Encontro de Formação do MCP que Espiritualidade une as pessoas e os povos, enquanto as religiões e igrejas como instituições, via de regra, ao priorizarem a reprodução de si mesmas, estão, na prática, desunindo as pessoas e os povos, usando e abusando da fé do povo simples e humilde, usando indevidamente o nome de Deus, catando versículos bíblicos que lhes interessam, em leitura fundamentalista e literalista, para justificar a acumulação de capital de seus chefes (pastores, padres, bispos... – dois dos dez homens mais ricos do Brasil são pastores) e defender políticas de morte capitaneadas pela extrema-direita fascista, que de forma idolátrica tem como lema “Deus acima de todos.”.

Enfim, espiritualidade torna o ser humano mais humano e, assim, verdadeiramente comprometido com a vida, que seja plena para todos, todas, todes e para toda a criação, sempre a partir da sabedoria dos últimos da sociedade, os mais violentados. Feliz quem se torna aprendiz dos/as empobrecidos/as e assimila a fraternidade que eles e elas testemunham. Mais do que Círculo Bíblico, é preciso Encontro de irmãos e irmãs, o que tem o poder de implodir o sistema do capital idolatrado e apontar o caminho para a construção de uma sociedade justa economicamente, com paz e amor.

16/11/2024.

Obs.: As videorreportagens nos links, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.

1 - Frei Betto fala sobre Espiritualidade no 12º Encontro Nacional de Fé Política. em BH/MG. Vídeo 2


2 - Espiritualidade de Encontros humanizadores: Palavra Ética com frei Gilvander Moreira – 21/12/23

3 - Marcelo Barros: Livro OS SEGREDOS DO NOSSO ENCANTO - fé cristã e espiritualidades indígenas e negras

4 - COM FÉ E MÍSTICA DOS MÁRTIRES, O POVO PALESTINO VENCERÁ! Fora, Israel genocida! Por frei Gilvander

5 - Afeto, amor e cuidado em Espiritualidade Libertadora no 3º dia do XV Intereclesial das CEBs, em Rondonópolis, MT, na Plenária-mãe “Casa Comum”. Vídeo 10 - 20/07/23

6 - Momento Orante de Espiritualidade libertadora no 3º dia do XV Intereclesial das CEBs, em Rondonópolis, MT, na Plenária-mãe “Casa Comum”. Vídeo 9 - 20/07/23

7 - TOQUE DO COLETIVO ALVORADA: A Espiritualidade humanista e militante de Frei Gilvander - 30/3/22

8 - Semeando Espiritualidades 52: Espiritualidade e luta pela terra. Por Frei Gilvander - 06/12/21


[1] Frei e padre da Ordem dos carmelitas; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; doutor em Educação pela FAE/UFMG; assessor da CPT, CEBI, Movimentos Sociais e Ocupações. 

E-mail: gilvanderlm@gmail.com – www.freigilvander.blogspot.com.br      –       www.gilvander.org.br

www.twitter.com/gilvanderluis        –     Face book: Gilvander Moreira III – Canal no You Tube: Frei Gilvander luta pela terra e por direitos

[2] Alagoas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Nota urgente! Prefeito de Belo Horizonte, Fuad, deixará as Ocupações Esperança e Vitória, da Izidora, fora do projeto de Urbanização?

  Nota urgente! Prefeito de Belo Horizonte, Fuad, deixará as Ocupações Esperança e Vitória, da Izidora, fora do projeto de Urbanização?

Dia 19 de junho de 2024, cedo, a sede da URBEL[1] da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foi ocupada pelo Povo da Ocupação Esperança com participação do Povo das Ocupações Carolina Maria de Jesus e Maria do Arraial, juventude do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas) e da UP (Unidade Popular pelo Socialismo), e com o apoio da Comissão Pastoral da Terra da Região Metropolitana de BH (CPT/RMBH).

A ocupação da URBEL durou quase dois dias. O presidente da  URBEL, Claudius Vinícius, se negou a reunir com uma Comissão do Povo que ocupava a URBEL. Postura intransigente, inadmissível e absurda de um gestor público que tem a missão de coordenar a política habitacional da PBH. Cerca de 70 policiais da Guarda armada da Prefeitura de BH foram mobilizados com ordens para não deixar ninguém mais entrar e nem alimento durante o 1º dia. O Povo passou fome o dia inteiro dentro da URBEL, pois quando as panelas com o almoço chegaram não deixaram entrar o almoço. Assim, centenas de pessoas ficaram passando fome, entre as quais, crianças, idosos, gestantes, mulheres.

Tivemos que ocupar a sede da URBEL, porque a URBEL e Prefeitura de BH ainda não abriram mão de demolir cerca de 1.000 casas – ação higienista - nas Ocupações Vitória e Esperança com proposta de Urbanização que não é Justa, nem Ética e não considera a Participação Popular. Não aceitamos um modelo de urbanização que implique em despejo de centenas de casas construídas com muito trabalho, suor e sangue. Honraremos Manoel Baía, Kadu e outros companheiros que foram mortos na luta das Ocupações da Izidora por moradia própria e adequada.

De forma autônoma, as Ocupações Esperança e Vitória já realizaram estudos, construído com assessoria aliada das ocupações e os próprios moradores participando de forma coletiva, e apresentaram Proposta de Urbanização alternativa onde se reduz para menos de 100 as casas a serem demolidas. Por que não construir na fazenda de um grande supermercado ao lado da Ocupação Esperança a Avenida que a URBEL diz que deve ser construída rasgando a Ocupação Esperança ao meio, evitando demolir 300 casas? Na Ocupação Vitória não há necessidade de um grande supermercado, mas, sim, de dezenas de pequenos mercados.

A PBH teve a postura absurda de pedir judicialmente a reintegração de posse da sede da URBEL, ou seja, pedir ao judiciário decisão para jogar a tropa de choque da PM para despejar centenas de pessoas que lutam por direitos humanos fundamentais. Se houvesse abertura para o diálogo da direção da URBEL, não seria necessário ocupar a URBEL. Resolvemos sair do prédio da URBEL na iminência da tropa de choque da PM e Guarda Municipal entrar, pois com postura ética preferimos evitar que crianças, idosos, mulheres fossem machucadas, presas e aterrorizadas pela truculência da tropa de choque. Entretanto, se a posição injusta da PBH e da URBEL não mudar, se URBEL e PBH não assumirem compromisso com um Plano de Urbanização Justa, Ética e com Participação Popular, VOLTAREMOS também com o Povo da Ocupação Vitória em número muito maior e com mais força.

Como toda ação gera uma reação, a ocupação do prédio da URBEL se tornou necessária e justa também pelo que segue abaixo.

Dia 8 de maio último (de 2024), o presidente Lula anunciou a liberação de milhões de reais pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para Prefeitura de Belo Horizonte (PBGH) fazer a urbanização de duas Ocupações da região da Izidora, em Belo Horizonte, MG: as ocupações Rosa Leão e Helena Greco, as duas com cerca de 2.000 famílias; Rosa Leão há 11 anos e Helena Greco com 13 anos de luta. A imprensa divulgou valores diferentes. Um site noticiou 250 milhões de reais; outro, 191 milhões de reais e outro, 41 milhões de reais. Pelo princípio da transparência, exigimos saber ao certo os valores anunciados, onde serão aplicados e como?

Foi anunciada a construção de 275 unidades do Minha Casa Minha Vida na região da Izidora, em Belo Horizonte. Construir onde? Na Ocupação Helena Greco, onde a URBEL, da PBH, tem projeto para demolir todas as 400 casas que foram autoconstruídas ao longo de 13 anos de luta? Se sim, as outras 125 famílias irão morar onde? Quanto tempo todas as famílias da Ocupação Helena Greco ficarão sem moradia própria?

Por mais de uma década, a prefeitura esteve do outro lado da barricada e em diversos momentos fez de tudo para que as ocupações fossem despejadas. A resistência das 9.000 famílias das quatro Ocupações da Izidora manteve as casas de pé e, mais, construíram de forma autônoma, verdadeiros bairros consolidados.

A urbanização justa, ética e popular é uma luta histórica das Ocupações da Izidora e não pode ser realizada de forma atropelada e sem a participação do povo. As ocupações Vitória e Esperança estão hoje fora do plano de urbanização da prefeitura, porque não conciliaram com as propostas absurdas feitas pelo poder público municipal. Dia 30 de outubro de 2023, lideranças das Ocupações da Izidora, com integrantes da CPT[2], das Brigadas Populares, do MLB[3] e assessoria técnica foram recebidas em reunião pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, que iniciou a reunião dizendo que a Prefeitura de BH, através da URBEL, já estava com projetos prontos para encaminhar ao presidente Lula para urbanizar as Ocupações Rosa Leão e Helena Greco com dinheiro do PAC, mas que as outras duas Ocupações, as maiores, - Esperança e Vitória -, ficariam fora porque as famílias destas duas Ocupações não aceitaram o projeto de urbanização apresentado pela URBEL, no qual está claro que a Prefeitura e a URBEL querem demolir cerca de 1.000 casas nas duas ocupações. Não assinamos embaixo de nenhuma proposta de despejo, ou que não traga nenhuma alternativa prévia, digna e justa ao nosso povo.

De forma independente, as ocupações já realizaram estudos, construídos com assessoria aliada das ocupações e os próprios moradores participando de forma coletiva e apresentaram uma proposta alternativa onde se reduzia para menos de 100 as casas a serem demolidas.

Estudos como esse mostram o verdadeiro caráter higienista da prefeitura, que acha que para urbanizar é importante remover pobres e dar características que atraiam pessoas de poder aquisitivo maior para a região.

Companheiras e companheiros das Ocupações da Izidora, ao longo de mais de uma década, nosso rumo, o que guiou nossos caminhos foi a luta. Exigimos que a prefeitura de Belo Horizonte e a URBEL cumpram o seu papel e urbanizem as quatro Ocupações da Izidora - Helena Greco, Rosa Leão, Esperança e Vitória -, mas também exigimos que todo esse processo seja feito com respeito e em colaboração com as famílias que já vivem nas Comunidades da Izidora. Por isso, não podemos esperar parados quaisquer ações do poder público, devemos lutar para que a urbanização aconteça e que aconteça de forma justa para o bem do povo. Não aceitaremos despejos disfarçados de urbanização.

Assinam esta Nota Pública:

Coordenação da Ocupação Esperança

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)

Comissão Pastoral da Terra (CPT/RMBH)

Unidade Popular pelo Socialismo

Belo Horizonte, MG, 20 de junho de 2024

Obs.: As videorreportagens no link, abaixo, versam sobre o assunto tratado, acima.

1 - URBEL/PBH ocupada pelo Povo da Ocupação Esperança, Izidora, BH/MG: Urbanização Justa e Popular, JÁ!




 



[1] Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte.

[2] Comissão Pastoral da Terra.

[3] Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas.